Wednesday, January 09, 2008

Cegueira

Você vê.

Você vê a mentira e suas pernas curtas.

Os olhos que atraem, os olhos que julgam

O egoísmo e o egocentrismo e o malabarismo e o jogo de cintura

Existem males para haver cura

Você vê o injusto, você vê o impuro.


Você vê.

Você vê bons amigos de longa data

Tomando cerveja como quem não quer nada

E na hora do sufoco

Quem é rico não desce pro poço

Você vê o abandono, você vê o incômodo.


Você vê.

Você vê o amor que brotou do céu estrelado

Um coração partido, quebrado, aos cacos

Foi um inconveniente sem precedentes

Mas se aconteceu agora, acontecerá novamente

Você vê a culpa, você vê a insulta.


Você vê.

Você vê que a traição é o berço da insanidade

Quem mente, de repente, um dia perde a verdade

Recorda-se da honra que perdeu

Chora a integridade que já morreu

Você vê o arrependimento, você vê o sentimento.


Você vê.

Você vê a fumaça que sai do cano imbutido

Fumaça negra, criança no chão por causa do tiro

Imprudência nossa acreditando nas pessoas

Inocência sua que só acredita em coisas boas.


Você vê o fim, você vê tudo que é ruim.

Você vê tudo isso e pára.

Você vê seu compromisso e dispara.

Você não vê?


Ou você não quer ver?


Comments:
oi larissa, começo com o0 nome do seu blog que me agrada muito. muito mesmo.

e esta inquietude. smepre é pouco. que a nossa complexidade e complicação seja sempre o qeu nos traz agradável e gente-boa. sempre. ou nunca.

p.s. estou meio loucão por culpa do arnaldo antunes ewm mesu headphones.
 
Post a Comment



<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?