Wednesday, April 30, 2008

Homem.
(
O Homem é um ser humano do sexo masculino, animal bípede da família dos primatas, pertencente à subespécie Homo sapiens sapiens; [do latim homine] – Dentre as diferentes espécies de seres corpóreos, a humana foi a escolhida para encarnação dos Espíritos que atingiram um certo grau de desenvolvimento, o que lhe dá a superioridade moral e intelectual sobre os outros.)



Love me,

mesmo que de uma certa distância.

Criada pelo medo

de ser amado de volta.


Hold me,

me aperte fortemente com os seus olhos

faça do seu olhar o meu asilo, o meu abrigo

|e na hora do aperto|

me traga de volta para casa.


Kiss me,

com seus lábios de nuvem que se
d
e
s
f
a
z
e
m
nos meus sonhos.
Que vão
e que voltam.

Como a saudade de algo nunca experimentado.

Trust me,

e me dê a sua mão,
fria
e
fraca.

Deixe-me te ensinar a dar passos L O N G O S

e mostrar que o meu calor não queima,
acalma.

Feel me,

porque eu já não sinto a mim mesma.

E preciso do seu toque

e saber que você não é apenas uma


palavra.


[L.F.]

Tuesday, April 08, 2008

Luz (Havia ali)

Havia ali uma alma a procura
Havia ali uma doce ternura
Havia ali perturbadora confusão
E as preces sussurradas de um honesto coração

Havia ali uma face sorridente
Os sinceros sorrisos dos rostos que mentem
Um senhor perdido com medo de gente
Uma pequena criança com sua própria em seu ventre

Havia ali nada mais que o mal
E o mal para essa gente parecia normal
O que damos tiramos e o que recebemos também
O que tinha de bom já agora não tem

E as lutas lutadas e as guerras passadas
São somente lembranças do passado e mais nada
Só existe agora o futuro e o presente
E aquela pobre criança com sua própria em seu ventre

Fruto do pecado de um homem mortal
Que fez daquela vida um inferno total
Havia ali almas com amor por nada
Se escondendo no porão debaixo da escada

Havia ali uma mulher desprezada
Cujo homem não a fazia sentir-se amada
Havia um velho de branco
Fumando, morrendo, em plena madrugada

Havia ali esperança decadente
Nenhuma alma com um fogo ardente
Só uma à luz era pura de verdade
Era aquela pobre criança com sua própria em seu ventre.


[L.F.]


Monday, April 07, 2008

1.


deixe que ela entre, entre em fusão
que gire e role e caia
da escada do abismo da saia
do meu encalço, meus pés descalços
deixe que ela entre em compressão

deixe que ela entre, entre na minha imaginação
meus caleidoscópios frenéticos de luzes e barulho
que ela venha escalando pulando subindo meu muro
que atravesse meu mar de pensamentos, minha enchente meu tornado de tormentos
deixe que ela entre e sinta a minha paixão

deixe que ela entre, entre em depressão
ao ver meus olhos amargos
inchados molhados e pardos
que ela sinta minha agonia, minha testa suada e fria
deixe que ela entre e pise no meu chão

deixe que ela entre, entre com precisão
que ela atire e acerte na mira
que ela aponte e conte e confira
e me leve com amor, sem frio sem ódio sem dor
deixe que ela entre com razão

deixe que ela entre, entre sem indecisão
que não seja como eu, inconstante
que ela venha com um cheiro marcante
e não se iluda com minhas verdades, que se destroem cedo ou tarde
deixe que ela entre com inspiração

deixe que ela entre, entre com compaixão
que não demore muito lá dentro
não olhe nem repare meu descontentamento
que ela venha e se vá com rapidez, que leve embora minha insensatez
deixe que ela venha com pressão

deixe que ela entre, entre no meu mundo
que ela me conheça e me entenda a fundo
que chore ria sofra ame e saiba tudo
que ela venha com um só objetivo, que ela o cumpra e salve o meu riso
deixe que ela entre e me leve junto.


[L.F.]

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