Thursday, June 19, 2008

Soneto do amor sem jeito

Amo-te sem palavras e declamações
Na calma da manhã e no suspiro do anoitecer
Na busca extasiada de chuva sem trovões
Amo-te a esmo no calado entardecer

Amo-te como se não fosse de verdade
É sentir sem tocar o teu corpo quente
É beijar sem encostar na tua boca ardente
Amor sustentado por eterna saudade

De uma longa distância esse amor sustento
Guardando-o entre lágrimas com dor no peito
Mantendo o orgulho encravado no silêncio

Eu deixo para trás esse amor desfeito
Sem nunca proclamá-lo aos quatro ventos
Para não dar esperança a um amor sem jeito.

[L.F.]

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